Abri os olhos delicadamente com medo de que a luz da manhã, me
cegasse, senti minha pupila dilatar a luz do dia, com minhas pálpebras
pesadas, quase pensei em voltar a dormir, mas eu queria estar de bom
humor hoje, levantei coloquei o meu pé descalço no chão quase trincando
de tão gelado, pude sentir cada fio do meu corpo arrepiar -estremeci - e
finalmente me levantei, vi o meu cabelo desgrenhado na frente do
espelho
- Soltei um Riso - pequei o meu celular, e olhei o horário,
acordei na hora e pulei para o chuveiro, tomei um banho de gato e sequei
o meu cabelo vermelho e despontado, caminhei pela enorme escadaria e
abri a porta...
-Marrie, Onde vai- minha mãe apareceu pela cozinha, sorri e disse.
-Vou para escola
Senti que minha mãe havia aberto um enorme sorriso,havia algum tempo
que eu não ia até a escola, e bem minha mãe já tinha cansado de pedir
para que eu retornasse as aulas, eu apenas senti que era hora de voltar,
com meu all start preto e o meu moleton, saquei o meu Skate da garagem
fiz um rabo de cavalo alto, não estava suportando o meu cabelo.De uma
certa forma eu estava ansiosa para saber qual seria a reação das pessoas
ao me ver lá de novo, sinceramente, eu estava mais com medo do que
curiosa, diga o que quiser, mas naquele momento eu estava realmente me
importando para o que as pessoas iriam pensar de mim...
Cheguei
na escola - pude sentir os olhares curiosos e desesperadores se
espalharem por toda a superfície local – Senti como se fosse desabar –
Pude ouvir pequenos cochichos e em instantes parece que toda a atenção
já estava voltada para mim- , pessoas passaram por perto, e simplesmente
esbarraram em mim, como se não pudessem me ver – O mais triste é que eu
sei que podiam- Os olhares voltados para mim, e toda aquela pressão de
não poder errar parecia que eu iria explodir, e derrepente tudo que eu
tinha trabalhado nas terapias teriam sido em vão, todas aquelas horas
gastas na patética tentativa de salvar a minha vida de nada teriam
valido. Me mantive firme, apenas respirei e contrai os meus músculos
para que pudessem relaxar, senti as batidas do meu coração ficarem mais
lentas – eu pude ouvi-las – Em um certo ponto isso me trazia um certo
conforto, em outro isso me trazia desespero, senti minhas pálpebras se
fecharem, e cada passo pode ser ouvido de uma forma mais clara e mais
lenta, mas em questão de segundos tudo volta ao normal – Eu me recupero –
O sinal bate e todos vão para as suas salas, peguei em meu caderno e me
perguntei qual seria a minha sala, minha primeira aula seria de química
na sala 17, ótimo minha primeira aula e eu estaria atrasada, entrei na
sala, e novamente os olhares voltados para mim, não me importei.
- Com Licença?- pedi!
-Bom Dia! Aluna nova?- Surpresa com a pergunta fiquei em silencio,acho
que ela não me reconheceu. Mas
não precisou de muito para Kevin fazer
algum piada sem graça.
- Só aluna fantasma mesmo prof...- Kevin Gritou do fundo
- Ah claro.... Marrie?- apenas assenti.- Sente-se ali, e seja bem vinda de volta!
Se fosse com outros alunos provavelmente Claudiney (A professora de
química) daria um discurso de provavelmente duas aulas, ela daria
realmente uma lição de moral, mas todos sabiam, os motivos dos quais
precisasse de um tempo das aulas. – A algum tempo atrás, eu comecei a
ver a vida de uma forma diferente, algo sem sentido e insignificante, de
que tanto a vida valia se nosso destino central, o final da nossa
História já estaria demarcado, pela morte e logo em seguida pelo
esquecimento?Se nada que nos fizéssemos, por mais marcante que seja
poderia evitar a morte e o esquecimento, veja bem nem o mais marcante
dos Van Goghs permaneceria na terra para sempre, está certo de que sua
imagem poderia se manter aqui por muito tempo, mas não para sempre, algo
duraria no Maximo até o fim da nossa espécie. Esse pensamento começou a
me remoer por dentro e eu não sabia mais o que fazer,optei pela alto
mutilação envolvimento com drogas e depois pelo suicídio, fui descoberta
e diagnosticada com Bipolaridade , me mantive longe da escola, pintei
meu cabelo, mudei de personalidade, perdi amigos, perdi uma vida inteira
de 16 anos de aprendizagem. Agora o que me resta é ser um simples
ninguém...
sexta-feira, 16 de maio de 2014
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Dia Vinte e Três -Sinopse-
- Marrie.Uma menina silenciosa, que aos sete anos foi abandonada pelo pai. Com o trauma de infância e o rancor do homem que carrega em seu peito, Marrie encontra forças, bem distintas, para continuar.
Vive em uma grande harmonia com sua mãe e melhor amiga, a única pessoa na qual adquiri confiança.
Quando perde sua amada mãe para um acidente de carro que obteve um fim trágico, sente- se como se estivesse sozinha, e suas forças se esgotam...Já quando Marrie está prestes e desistir e jogar tudo para o ar, conhece Joseph, que apesar de todas as opiniões que já tem formuladas na cabeça, percebe, que tudo tem um propósito.
Joseph se envolve na vida de Marrie, e se sente intrigado a permanecer com Marrie até o Fim.
Marrie estará prestes a passar por distúrbios e problemas psíquicos, e tudo que ela precisa é de alguém, para guia-la nesta jornada cheia de tombos e tropeços!
Categoria: Diversos
Genero: Romance, Drama
Avisos:Linguagem imprópria e cenas de sexo
Dia Vinte e três - Prólogo
-Pai Vem aqui me por para dormir
-Psiuu queietinha menina!- Diz com calma, e se ajoelha em frente a menininha, que parece uma pequenina estátua parada olhando para o pai, com a chupeta na boca e o ursinho agarrado no braço esquerdo-Escute bem minha Marrie, o papai vai para uma longa viajem, e vai ficar fora por muito tempo- O pai acaricia o rosto da menina e sente uma lágrima rolar pela sua face.
-Não tem ploblema papai, eu plometo, que vou cuida da mamãe, muito bem, e plometo que vou ler válias histórias antes de ela mimir- Marrie diz com a língua enrolada por conta da chupeta- Vou ver os monstlos que ficam de baixo da...- ela se interrompe percebendo as lágrimas no rosto de seu pai- nossa papai mas você nem vi ficar tanto tempo fora, não é?
-Minha pequena, o papai vai voltar e eu vou ficar com muitas saudades ta?- ele se interrompe puxa carinhosamente o queixo da menina, assim ela se inclina para frente, esperando por um beijo na testa como já estava acostumada.
-Boa Noite pequena! - o pai já com o rosto úmido puxa s cobertas e faz gesto para que a menina se deite na cama, e cuidadosamente a cobre, passando levemente os dedos na macia pele da criança, fazendo com que a menina feche os olhos.
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